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PHARMAKON DIGITAL 2023 – Nº 4

Publicação da Rede de Toxicomania e Alcoolismo do Campo Freudiano

Adicções: rechaço ou escolha do inconsciente?
Efeitos de interpretação nos tratamentos pela palavra dos toxicômanos


EDITORIAL

ADICÇÕES: RECHAÇO OU ESCOLHA DO INCOSCIENTE?
EFEITOS DE INTERPRETAÇÃO

Grinning Satyr, Balthasar Permoser, c. 1700.
Grinning Satyr, Balthasar Permoser, c. 1700.

“Assim, essa discordância primordial entre o eu e o ser seria a nota fundamental que iria repercutir em toda uma gama harmônica através das fases da história psíquica, cuja função seria resolvê-la, desenvolvendo-a. Toda resolução dessa discordância por uma coincidência ilusória da realidade com o ideal repercutiria até às profundezas do nó imaginário da agressão suicida narcísica. Ademais, essa miragem das aparências em que as condições orgânicas da intoxicação, por exemplo, podem desempenhar seu papel exige o inapreensível consentimento da liberdade, como se evidencia no fato de a loucura só se manifestar no homem…”

LACAN, J. “Formulações sobre a causalidade psíquica”, Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1998, p. 188.

A interpretação: tem peso frente ao real?
Nadine Page (Bruxelas, Bélgica)

Da função do tóxico às adixões
Darío Galante e Luís Darío Salamone (Buenos Aires, Argentina)

Adixões ◊ Toxicomanias
Nicolas Bousoño e Gloria Aksman (Buenos Aires, Argentina)

Devastação e Passagem ao Ato
Maria Wilma Faria (Belo Horizonte, Brasil)

Uma abertura ao inconsciente
Cassandra Dias (João Pessoa, Brasil)

A interpretação realmente possível ?
Pierre Sidon (Paris, França)

As adicções, novas formas do mal-estar contemporâneo
Nelson Feldman (Genebra, Suiça)

Três perspectivas lacanianas sobre a toxicomania
Fabián Naparstek (Buenos Aires, Argentina)

ORIENTAÇÃO

Autumn, Balthasar Permoser, v. 1685-1690.
Autumn, Balthasar Permoser, v. 1685-1690.

A teoria do parceiro
Jacques-Alain Miller

ESTÉTICA DO CONSUMO

Winter, Balthasar Permoser, v. 1685-1690.
Winter, Balthasar Permoser, v. 1685-1690.

“Para Freud, como ele partia do sentido, isso se apresentava como um resto, mas de fato esse resto é o que está nas origens do sujeito, é de certo modo o acontecimento originário e ao mesmo tempo permanente, isto é, ele reitera sem cessar. É o que se descobre, é o que se desnuda na adicção, em “um copo a mais” do qual ouvimos falar há pouco. A adicção é a raiz do sintoma que é feito da reiteração inestinguível do mesmo Um. É o mesmo, isto é, precisamente, isto não se adiciona. Não se tem nunca o “já bebi três copos, então basta”, bebe-se sempre o mesmo copo uma vez mais. É isto a raiz do sintoma. É nesse sentido que Lacan pôde dizer que um sintoma é um etcoetera. Isto é, o retorno do mesmo acontecimento”.

MILLER, J.-A. “Ler um sintoma”, Opção Lacaniana n. 70. São Paulo: Eolia, junho de 2015, p. 21.

Miles Davis Blue Flame
Sérgio de Mattos (Belo Horizonte, Brasil)

O x analítico – Sobre Adixiones de Ernesto Sinatra
Giovanna Quaglia (Brasília, Brasil)

Holy Magdalena, Balthasar Permoser
Holy Magdalena, Balthasar Permoser

“Dizer ‘discurso da psicanálise’ é antes de tudo dizer que a psicanálise é uma maneira de gozar. É uma maneira de gozar do inconsciente com o duplo aspecto que isso comporta: primeiramente esse discurso abre um acesso ao gozo e em segundo lugar é um limite a esse gozo pois ela passa pelo inconsciente estruturado como uma linguagem. Gozar do inconsciente não é uma evidência. O vivente pode gozar de muitas outras coisas. Por exemplo, a droga é um curto-circuito do gozo que não necessita nenhum inconsciente”.

LAURENT, E., “Guérir de la psychanalyse”, Mental n. 11, 2002, p. 63.

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EDITORIAL Nº 04

O consumo de drogas, seja qual for sua intensidade, seu ritmo e suas consequências psíquicas, físicas e sociais, interfere com o regime próprio do gozo no corpo e do pensamento. Há que supor que é o fim que se busca, ou seja, uma solução a um problema. As adicções, quando afetam as bases fundamentais do sujeito, seus laços aos outros, sua integridade corporal e, em certos casos sua vida mesma, podem ser lidas, como uma resposta em curto circuito que esvazia a dimensão do inconsciente para evitar o encontro com um real que o sujeito teme. De que real se trata? Quais são os sintomas que essas práticas tentam tratar?

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APRESENTAÇÃO

A Revista PHARMAKON DIGITAL é uma publicação em três línguas, em português, espanhol e francês, da Rede de Toxicomania e Alcoolismo (TyA) do Campo Freudiano. Publicamos artigos originais de Psicanálise aplicada ao tema das toxicomanias e alcoolismo, relacionados à obra de Freud, ao ensino de Lacan e seus desdobramentos.


Equipe Editorial:

  • Elisa Alvarenga (diretora)
  • Nadine Page
  • Nelson Feldman
  • Darío Galante

Equipe de tradução:

  • Tomás Verger (coordenador)
  • Carina Arantes Faria
  • Mauricio Diament
  • Fernanda Turbat
  • Tomás Piotto
  • Cecilia Scovenna
  • Wendy Vives Leiva
  • Pablo Sauce

Equipe de recenseamento bibliográfico:

  • Tomás Verger (coordenador)
  • Maria Wilma Faria
  • Cláudia Reis
  • Rodrigo Abecassis
  • Marie-Françoise de Munck
  • Jean-Louis Aucremanne
  • Jean-Marc Josson
  • Yvanne Stuer
  • David Briard
  • Éric Taillandier
  • Daniéle Olive
  • Géraldine Somaggio
  • France Guillou
  • Gloria Casado
  • Pía Marchese
  • Valeria Vinocur
  • Jorge Castillo
  • Christian Ríos
  • Camilo Cazalla
  • Tomás Piotto

Consultores:

  • Ève Miller-Rose
  • Anne Ganivet-Poumellec
  • Fabián Naparstek

Criação, desenvolvimento e editoração:

  • Bruno Senna

© Fundação do Campo freudiano

Rede de Toxicomania e Alcoolismo (TyA) do Campo Freudiano.

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Avenida Afonso Pena, 2770, salas 201/207, Savassi.
Belo Horizonte, MG – Brasil – CEP 30130-007

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